Os aplicativos que conhecemos hoje são feitos para Computadores, Smartphones e Tablets, porém um novo meio para conexão está sendo introduzida na vida dos usuários: as TVs Conectadas.
Mais do que ver novela e futebol, a interação do telespectador com as TVs irão mudar socialmente, e nada mais justo do que a TV adaptar todo o conteúdo que o usuário está acostumado nos meios digitais para seu momento de lazer e descanso.
Muitas marcas já estão correndo atrás para lançar um produto de qualidade e buscando novas experiências para os usuários. Alguns sistemas operacionais são totalmente novos, outros nem tanto… Uma dica para quem gosta de programar é conhecer a linguagem de programação LUA (http://www.lua.org/), uma linguagem de programação brasileira desenvolvida no Laboratório de Computação Gráfica da PUC-Rio (http://www.tecgraf.puc-rio.br). Esta linguagem já conquistou o mundo dos games e está sendo usado por jogos como World of Warcraft (http://en.wikipedia.org/wiki/Category:Lua-scripted_video_games), está também ganhando um merecido espaço no desenvolvimento de aplicativos para TVs Conectadas. Para os Designers de interação a novidade está no sistema operacional do Google, que lançou em agosto um pacote de UI muito bacana para referência e estudos de como se projetar e entender o usuário desta nova geração de TVs.
Embora pareça não existir diferenças entre uma interface para tablet e smartphones é sempre bom lembrar que cada device em a sua peculiaridade e como o usuário usa cada device vai influenciar a aceitação do seu aplicativo. Portanto, uma dica importante é ter em mente: “O Usuário e seus Cenários de Uso”, deles dependem o sucesso ou fracasso do seu aplicativo;
Vou falar um pouco sobre o cenário de uso das TVs e que devemos levar em consideração ao pensar e projetar um aplicativo para TVs:
– A distância que o usuário estará do aparelho será de aproximadamente 10 pés, quando você criar um aplicativo para ser usado a esta distância, deve ter em mente que o usuário estará disposto somente a consumir conteúdo!
– O usuário estará em casa, provavelmente na sala; Um ambiente social e vale lembrar que toda a familia também visualizará o conteúdo.
– A experiência de visualização de uma Interface é uma mistura de computador e TV, portanto não se esqueça de que existirão vários tamanhos e proporções – tome as devidas precauções para tornar o conteúdo responsivo!
– A distância requer ferramentas de navegação simples e visível;
– Defina zonas de conteúdo para facilitar a navegação do usuário;
– O usuário terá somente o controle remoto para navegar em seu aplicativo, portanto pense em uma navegação simples!
– Forneça sempre feedback visual;
– A navegação deve levar em consideração as experiências anteriores do usuário e pensadas da esquerda para direita, de cima para baixo;
– TVs tem alta qualidade de som, pois normalmente são ligadas a um sistema de som melhor, ao contrário do computador, espera-se que o barulho de um aplicativo para TV seja agradável e interaja com os sentidos do usuário, abuse deste novo recurso.
– Cores são diferentes em telas de TV: uma dica muito importante fornecida pelo GTV é: nunca usar a cor branca pura “#ffffff”, ela pode causar fantasmas na tela e até mesmo prejudicar a leitura, eles indicam o uso do #f1f1f1 no lugar do branco, um cinza que fica muito parecido com branco e garante a qualidade da cor.
Hoje podemos destacar como pioneiros em sistemas para TVs são:
– UBUNTU TV
Com uma interface amistosa, bonita e ao contrário do que as pessoas pensam sobre o Open Source, a usabilidade é fantástica. A arquitetura de informação foi centrada no usuário e pensada no dia-a-dia.
Com o Ubuntu TV o usuário encontrará em sua loja de aplicativos os melhores conteúdos otimizados para o seu aparelho – uma distribuíção de conteúdo inteligente para a sua resolução de TV além de gerenciamento de conteúdo para os pais atentos.
Seu conteúdo fica na “Núvem” e o usuário poderá acessar sua área de qualquer device: smartphones, tablets e computadores.
– APPLE TV
Controle remoto minimalista, mas cheio de estilo, ele promete chegar ao conteúdo que você procura sem esforços, eu particularmente não duvido, pois a apple sempre foi centrada no usuário e valoriza muito a continuidade de seus comandos, se funciona no iPhone, será do mesmo jeito no iPad e possivelmente na TV!
Como eles mesmo se definem: “Apple TV é uma usina de entretenimento”, e o usuário pode reproduzir todo o seu conteúdo do iTunes, além da programação normal TV em HD widescreen.
Com o iCloud, a apple permite que usuário compre filmes e programas no Apple TV e possa reproduzir em todos os seus devices: iPad, iPhone, iPod touch, Mac e pasmem: no PC!!!
– GOOGLE TV
O google é uma plataforma inclusiva e aberta, eles fornecem guias e UIs para uma boa arquitetura de Informações, porém o dono do aplicativo usa como bem lhe convém e é por isso que vemos aplicativos muito bons, centrados no usuário, fáceis de navegar e explorar e aplicativos sofríveis que não sabemos de onde viemos e para onde vamos.
Sua loja já tem uma grande quantidade de aplicativos. para os desenvolvedores a estrutura não muda, por isso acredito que a quantidade de aplicativos irá ficar cada vez mais distante dos concorrentes. Google TV oferece 2 tipos de conexões para seus usuário:
Buddy Box
é uma pequena caixa que fica entre o cabo (aqueles de TV a cabo ou via satelite) e o receptor da TV, esta caixa pode ser controlada via controle remoto ou ainda pelo seu smartphone!
TV Integrada
Conteúdo vai da “núvem” direto para a sua TV, basta conectar o cabo existente ou satelite diretamente na TV, o usuário também poderá controlar sua TV via controle remoto ou smartphone, além de qualquer dispositivos conectados à ela, como o sistema de som.
RESUMO:
O Google tem a vantagem da popularidade, além de que sua marca está associada à grande quantidade de usuários, com muitos usuários vem muitos investidores e a tendência é crescer rápido.
Apple TV
A apple tem a características de usuários fiéis e satisfeitos, que tem o hábito de consumir produtos pagos e disseminar a marca entre seus contatos.
Ubuntu TV está aberta a tecnologias, tem muita experiência em softwares colaborativos e é uma alterantiva a altura dos concorrentes, por isso, uma promessa que devemos ficar de olho!
OBSERVAÇÃO:
Notem que o termo utilizado foi TVs Conectadas e não Smart TVs, por quê? Porque Smart TV é um aparelho especifico e tem marca registrada.
Uma das dúvidas mais frequentes nas lojas de eletronicos são: Posso acessar a internet pela minha TV? A resposta é SIM e NÃO. A TV Conectada tem acesso à internet, mas nem todas as TVs tem navegadores para que você navegue pela web, como faz no seu computador. As TVs Conectadas usam a internet para baixar e atualizar conteúdo, elas fornecem serviços de Streaming de videos, músicas, distribuíção de conteúdo, aplicativos e outros ambientes de negócios que a empresa fabricante achar interessante para sua estratégia comercial. Quando for comprar sua TV Conectada pergunte ao vendedor se a TV tem navegador e oferece ao usuário a possibilidade de navegar pela web.
Ótimo post. Me tirou varias duvidas e deixou-me curioso para ver oq mais virá no mercado. Uso a primeira geração de tv conectada da LG e digo enjoa. Hj só utilizo o DLNA do PC para ela. Bem melhor que usar cabos e não trava. Já tive algumas experiências com a Apple TV e sem duvida vai tomar boa parte do mercado com o maior investimento da Apple no Brasil, ainda mais agora com a Loja Oficial abrindo aqui no Rio. Mas oq mais me fascinou entre as novidades que mostrou foi o Ubuntu TV, estou voltando ao Ubuntu no desktop agora, por curiosidade, apesar de gostar da Apple sempre fui um entusiasta do linux desde o primeiro Kurumim. Parabéns pelo post e se puder fale mais sobre essa empreitada do linux no entretenimento caseiro.
Bjs e sucesso